ago/2021
Charlie Watts: foi-se a “cama” em que os Stones deitavam e rolavam
Por André Barcinski
Charlie Watts: foi-se a “cama” em que os Stones deitavam e rolavam
Por André Barcinski
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32 comentários em "Charlie Watts: foi-se a “cama” em que os Stones deitavam e rolavam"
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O século XX vai lentamente se despedindo de nós.
Bowie, Lemmy, Watts, Entwistle, Dusty Hill e tantos outros.
Em pouco tempo só vão sobrar o som e as lembranças desses velhos craques do classic Rock.
André, uma lástima a morte do Charlie Watts, e além de tudo o que já foi dito sobre ele e os elogios merecidíssimos à sua carreira, o irônico é que justo o mais sóbrio dos Stones foi o primeiro a partir dessa pra melhor…
Nunca fui fã dos Rolling Stones. Sempre achei uma banda superestimada e não vejo sentido em compará-la com os Beatles, infinitamente superiores em todos os aspectos. Mas reconheço sua importância para o rock britânico, apesar de que Zeppelin, Sabbath, Bowie e Pink Floyd, no meu entender são mais essenciais nesse contexto. E Charlie Watts dentro da banda é uma figura tão fundamental quanto os narcisistas e exibicionistas Jagger e Richards. Seu talento merece todo o reconhecimento, principalmente na seara muisical que ele gostava mais de praticar: o jazz.
Concordo com voce. A impressão é que os Stones seguiram uma linha mais comercial. Assiste um show deles: têm um repertório, mas nos shows o repertório é sempre o mesmo.
Texto primoroso Barça…
Brigadão!
Não poderia concordar mais, Barça! Watts era a tradução perfeita do “menos é mais”. A elegância e a simplicidade à serviço da genialidade. Vai fazer muita falta.
Simplicidade É elegância, não?
Belo texto. Ele e o Phil Rudd são os especialistas da simplicidade.
Putz que tristeza, não sei se alguém já postou aqui, mas essa entrevista dele ao Guardian é um primor de jornalismo musical. Vale a pena ler para ver o quão legal Charlie Watts era.
https://www.theguardian.com/theobserver/2000/jul/09/features.magazine27
Valeu pelo link, lerei.
Ótimo texto! Só acrescentaria a lista o Dusty Hill. Não sei se era gigante, mas eu sou muito fã….grandes perdas.
Era sim, bem lembrado.
Tenho a impressão que em determinado momento os Stones virou sua profissão.
Seu prazer real ela tocar jazz…
E fez de forma magnífica.
Cara, Stones virou uma empresa há tempos…
Sempre admirei o minimalismo.de Mr Watts com as baquetas tocando apenas o necessário, sem firulas e exibcionismos. Tocar apenas o essencial é fazer o difícil parecer fácil. Um artista, mais até do que um músico.
Saber o que é “essencial”, coisa mais difícil…
A precisão da baqueta do Charlie Watts era o coração pulsante dos Stones. Baterista de jazz, técnico sem ser virtuose, vai se juntar a outro discreto, o baixista John Entwistle, e formar uma das melhores cozinhas no céu do rock’n’roll.
Bem lembrado o Entwistle, outro elegante no meio dos selvagens.
O público adorava o Charlie. Nos shows, que vi pessoalmente e em vídeo, ele sempre ficava com o maior tempo dos aplausos na hora de apresentar os músicos. Só me resta agradecer.
Fato. Era adorado pelos fãs.
Excelente o texto!
Charlie deixa uma obra e um legado espetacular. Vai ser difícil ver os Stones sem ele, mas acredito que eles devem continuar.
Uma dica, o disco “Blue & Lonesome” de 2016… o som da batera é demais!
Abs
Também acho, já estavam até com datas fechadas e sem ele.
Descanse em paz, Charlie Watts. Parabéns pelo ótimo texto Barça.
No futebol, a expressão “jogar de terno”, descreve o jogador com classe absurda, que executa as jogadas com tranquilidade, maestria e elegância, fazendo o difícil parecer fácil. Charlie era o baterista que tocava de terno.
Excelente analogia, era isso mesmo.
O mestre Duda Neves me mostrou esse conceito de simplicidade e economicidade no tocar.
A partir de então, passei a admirar bateristas como Charlie Watts ( o “Exile On Main Street” é uma aula) e Max Weinberg.
Muito legal essa menção ao Duda Neves.
Barça, eu tive o privilégio de estudar bateria com o Duda Neves (turma 1993). As suas histórias eram ainda melhores que as suas aulas!
Muito privilégio isso…
Charlie foi “a cama” mais aconchegante que qualquer músico poderia ter em sua banda! Uma inestimável perda e um grande exemplo de músico.
Pelo menos viveu e gravou bastante. Um gigante.