abr/2024

Blonde Redhead: antes tarde do que nunca

Por André Barcinski

Blonde Redhead: antes tarde do que nunca

Por André Barcinski

Um dos grandes álbuns de 2023 quase passou batido por mim: falo de “Sit Down for Dinner”, do Blonde Redhead.

Se não fosse por uma linda sessão gravada para a rádio KEXP, em que a banda tocou músicas do novo disco, eu teria cometido o sacrilégio de não ouvir “Sit Down for Dinner”. Agora, não consigo parar de ouvi-lo.

É o décimo álbum do Blonde Redhead, uma banda formada em Nova York há uns 30 anos pela cantora, tecladista e guitarrista japonesa Kazu Makino e por dois irmãos gêmeos italianos, o baterista Simone e o guitarrista Amedeo Pace.

Simone e Amedeo nasceram em Milão, cresceram no Canadá e mudaram para Boston para estudar jazz na prestigiada escola Berklee.  No início da década de 90, conheceram Kazu em Nova York e montaram o Blonde Redhead.

As primeiras gravações da banda eram bem barulhentas, influenciadas pela cena no wave oitentista de Nova York (o nome foi tirado de uma canção do grupo DNA, liderado pelo americano-brasileiro Arto Lindsay), e lançadas no selo do ídolo Steve Shelley, do Sonic Youth, e pela gravadora punk Touch and Go.

Com o passar dos anos, o som do trio foi incorporando elementos mais atmosféricos e tranquilos, e alguns discos acabaram lançados pela 4AD, gravadora inglesa conhecida por abrigar Cocteau Twins, This Mortal Coil e outros grandes nomes do dream pop.

Se você curte essa praia do pop etéreo de Beach House e Galaxie 500, então Blonde Redhead é imperdível. Veja a banda tocando “Snowman”, faixa que abre “Sit Down for Dinner”:

Uma ótima semana a todas e todos.

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