O renascimento de Elvis
Por André Barcinski
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22 comentários em "O renascimento de Elvis"
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Olá André, somente ontem assisti ao documentário e não me aborreceu muito ser chapa branca. Entendi como sendo um recorte da fase decadente e a volta com o especial na TV. Se fosse um documentário sobre a vida do Elvis, ai seria problematico na minha opinião deixar o vicio em anfetaminas de fora, e outros BOs. Tudo que eu assisti sobre o Elvis, sempre mete o cacete no empresário. Talvez o livro que esteja sendo escrito sobre ele apresente o contraponto (desculpa, vi a live mas esqueci quem esta escrevendo a biografia to empresario do Elvis). Abraços.
Mas o vício dele, como fica evidente por vários livros e relatos, afetou profundamente a maneira como ele se comportou a partir de 1958/9.
Barça, vc acha que Michael jackson também se enquadra nesse panteão de artistas que nasceram prontos? Já li que muita gente fala que MJ só foi o fenômeno por causa dos discos produzidos pelo Quincy Jones e depois que acabaram com a parceria a carreira de MJ só foi ladeira abaixo (mas tem várias variantes nessa decadência), dúvida sincera.
Certamente Michael já era um artista fenomenal quando conheceu o Quincy, na gravação daquele filme do “Mágico de Oz” dirigido pelo Sidney Lumet. Mas os discos que o Quincy produziu pro Michael foram muito marcantes, então dá pra entender por que as pessoas falam isso.
Barça, como não consigo responder por sua última resposta, vou concluir o meu raciocínio por aqui, se você me permite, já me despedindo e lhe agradecendo pela atenção…Creio que você conheça a frase de Keith Richards ao responder por que os mestres do Blues não vendiam discos e os artistas que os copiavam, como Elvis e Rolling Stones, vendiam milhões. O mestre, ácido, brincando mas só que não, se saiu com o seguinte: “É porque os grandes mestres do blues são velhos, negros e feios e nós somos jovens, brancos e bonitos!”. Richards não estava sendo racista e sim ironizando a sociedade de consumo. A cena em que Elvis se inseriu já borbulhava nos guetos negros, mas para os cifrões entrarem de fato e a classe média branca ser conquistada e por a mão no bolso tinha de aparecer alguém “branco, jovem e bonito” para empresários espertos investirem, sendo Elvis esse fulano. Não acredito que Elvis tenha surgido pronto e que seu empresário apenas lhe disse “vá lá, meu filho, suba no palco, cante com a voz que deus lhe deu e rebole bastante como você fazia nos muquifos que frequentava, pois estou diante de um artista prontinho da silva e eu não preciso fazer nenhuma presepada contigo para o público te amar.”. Só uma ameba não reconhece a importância de Elvis Presley, só que essa importância é, digamos, mais sociológica, por fazer a classe média branca ouvir “música de negros” em uma época segregada, e mercadológica do que musical.
Se você “não acredita que Elvis tenha nascido pronto”, por que não lê os dois volumes do Peter Guralnick e se informa? De que adianta “acreditar” em algo sem ter embasamento histórico? Você acha que essa é MINHA opinião, ou um fato que reproduzo de diversos estudos e livros sérios sobre o personagem?
Barça, o que sei é que já li centenas de biografias de artistas pop e em nenhuma delas, mas em nenhuma mesmo, o artista “nasceu pronto” para o sucesso e peitando seu descobridor/empresário, no início de sua carreira, com algo do tipo: “se preocupe em empresariar e não se meta a besta comigo enfiando seu nariz na parte artística de minha carreira, pois nela mando eu!”…Quando o futuro geniozinho teve sorte, encontrou um empresário camarada que trabalhava com o dito cujo em regime de parceria e o tratava com o devido respeito, mas isso é raro. Na maioria absoluta dos casos, o empresário, evidentemente se utilizando das características do artista, o “moldava” para consumo das massas conforme a demanda de sua época e agia com o seu contratado, haja a inexperiência e ânsia de sucesso deste, como um verdadeiro FDP. Não raro, aliás quase sempre, depois de um tempo o artista descobria que não apitava muita coisa em sua própria carreira e tentava de todas as formas se livrar do empresário espertalhão na Justiça. Por mais que um biógrafo renomado escreva que Elvis peitava Tom Parker, tinha o comando de sua carreira e botava seu empresário mafioso no devido lugar dele, é difícil de acreditar nisso com base no histórico quase absoluto deste tipo de pendenga entre artistas e empresários e tendo em vista o desenvolvimento da carreira do próprio Elvis. Mas, independente disso, vou ler esses tijolos do Guralnick, mesmo achando a música de Elvis Presley um porre e o cara um personagem não muito interessante.
O que posso dizer? Fatos não são nada diante de suas convicções. Abraço.
Gostei muito do doc, apesar de realmente, ser “chapa branca”. Os depoimentos do Billy Corgan são incríveis, e as imagens de arquivo são estupendas. Ali, naquele momento, Elvis voltou a ser perigoso. Estou louco pra ler a biografia que a Lisa Marie estava escrevendo antes de falecer, e que foi finalizada pela filha dela… dizem que ela revela altos podres da Priscilla.
Tô com esse livro na fila aqui.
Barça vc pegou a verdão digital da biografia de Elvis ou leu a versão impressa mesmo ?
Tenho os dois volumes em inglês e depois comprei os dois e-books em português ora minha mulher e filha.
Estou com o Public Enemy nessa, que ao se referir a Elvis no clássico Fight the Power foi certeiro: “Elvis significa tanto para muitos, mas não significa merda nenhuma pra mim!”. E isso não tem nada a ver com a balela de “apropriação cultural”, é que em minha opinião Elvis não passa de um grande cafona canastrão, mesmo em sua fase pretensamente “rebelde”…
Ok, Cleibsom. O cara que ajudou a América branca a descobrir o rock negro em meados dos anos 50 era um “pretenso rebelde”. Tá certo.
A “rebeldia” de Elvis era tão milimetricamente formatada para o consumo da classe média branca norte-americana que fica até complicado classificá-la desta forma…Em uma época de segregação racial, nunca que a classe média branca consumiria um artista como Little Richard, por exemplo, então um empresário espertalhão empurrou para cima dela um caipira bronco galã, e branco também obrigatoriamente!! Não me preocupo nem um pouco com “autenticidade”, desde que eu ache a música boa, mas infelizmente não é essa a minha opinião sobre a música produzida pelo tal do rei do rock.
Sua visão da história é bastante deturpada. Você está confundindo Elvis Presley com Pat Boone. Elvis não foi “inventado” pelo Parker. Quando surgiu, Elvis era perigoso. Sua imagem foi um escândalo na época. Elvis foi o artista certo no momento certo (1956), assim como os Beatles foram em 1964. Esses fenômenos não se inventam, eles nascem ao capturar os espíritos de suas respectivas épocas. Ninguém “criou” Elvis, assim como ninguém criou os Beatles.
André, como tu ousa discordar do grande “tudólogo” Cleibsom? Tue o mundo estão errados, nosso amigo aí é que está certo.
Todo mundo tem direito à própria opinião, mas a verdade não pode ser posta em dúvida. Elvis NÃO FOI inventado por ninguém. O que a indústria musical fez foi surfar na onda que ele ajudou a criar.
Um André produtivo e cheio de vídeos e textos inéditos em plenos feriados, é assim que nós gostamos hehehe
E sobre o doc, só por ter sido dirigido pelo mesmo diretor do The Last Dance, merece uma conferida, mesmo passando o pano para os problemas extra-palco do Elvis!!!!
É que esses problemas mudaram muito a vida dele.
Certamente verei. Só um adendo: acho que tem um errinho no trecho que fala do filme sobre os Bulls.
Hahahahahaha! Tyson tava em voga esses dias, foi mal!