Filme da Rita Lee é só espuma
Por André Barcinski
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25 comentários em "Filme da Rita Lee é só espuma"
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Cara, é uma pena. A Rita Lee é bem significante para a música brasileira a partir dos anos 60, e ainda será por muitas décadas. Quando o artista chega nesse cânone de fazer recortes sobre a própria obra e as pessoas acharem isso norma, tem algo muito errado. Sempre lembro do Paulo Cesar Araújo ao biografar o Roberto Carlos, e como as demais obras não respeitam o artista como o Paulo Cesar respeitou. As pessoas se formam não só pelos degraus que subiram, mas pelos tombos que tomaram (e deram). Santa Rita, certo? Ai que tá!
Comecei a ver e a primeira coisa que pensei foi, como assim, falam do começo da carreira solo dela e absolutamente NADA dos mutantes ?? É até normal focarem na carreira solo, que inclusive teve muito mais sucesso comercial, mas não citarem os mutantes e a importância que tiveram no início da carreira dela chega a ser ridículo!
Cara, fui ler sua crítica sobre a biografia da Rita lançada em 2023 e me surpreendi com a quantidade de fatos que você aborda, analisa e expõe…inacreditável. E olha que tenho esse livro mas não percebi nada disso a época. E sendo bem sincero e honesto, desconhecia. Parabéns. Agora vou comprar a do Bruce Springsteen que você cita na matéria, valeu!!!!
Muito obrigado, legal que gostou. Mas o texto original sobre a autobiografia da Rita é de 2016. Abraço!
André, se você que assistiu o filme o considera inassistível kkkkkkkkkkkkk eu que não vou perder meu tempo em ver essa patacoada rsrsrsrsrsrsr
Valeu!
Eu comecei ouvi Rita Lee em minha vida na fase “solo rocker” dela. Daí que comecei a ouvir Mutantes. Tem um excelente livro sobre o Mutantes, “A DIVINA COMEDIA DOS MUTANTES” do grande jornalista Carlos Calado, que me aprofundou mais em toda viagem lisérgica musical do Mutantes. A fase mais conhecida dela do povão, das trilhas sonoras de novelas junto com o Roberto de Carvalho, foi a que deu mais visibilidade para a carreira e obra musical dela. Se um DOC não engloba toda esta trajetória fica difícil consolidar quem é RITA LEE. Afinal ela não esta mais aqui para PRAGUEJAR.
André, com todo o imenso respeito ao Roberto de Carvalho e aos filhos da Rita Lee, mas eles estão seguindo no mesmo erro que muitos dos medalhões da MPB e de outras áreas da vida pública brasileira adoram cometer: santificar a própria história, distorcendo fatos em favor deles próprios e simplesmente apagando o que não lhes interessa, muitas vezes, as partes mais interessantes de suas vidas!!!!
Uma pena, pois a imagem pública da Rita Lee era justamente o oposto disso…
Concordo inteiramente.
Agora tem circulado matérias com o Roberto de Carvalho dizendo que o Sérgio Dias não quis participar do documentário e não autorizou a veiculação das músicas dos Mutantes nele. Como essa matéria aqui da Veja: https://veja.abril.com.br/coluna/tela-plana/o-verdadeiro-motivo-por-tras-da-ausencia-de-os-mutantes-em-doc-de-rita-lee/
Mas, mesmo assim, não é motivo para apagar a existência da banda do documentário.
Lógico que não é motivo.
Como falamos em outro texto seu, se é um filme, ok… tu muda algumas coisas em favor do ritmo, mas se é um documentário, tu excluir partes vitais da trajetória, complica demais… Pelo que tu descereveu, parece aquele documentário de 1988, ‘imagine”, sobre o Lennon, onde canonizam o cara.
Esse documentário está seguindo a cartilha não escrita, pois 99% deles fazem isso, inclusive o do Led Zeppelin, independente do recorte do tempo, elogiado pelo Barça. Só me recordo de dois documentários que enfiaram o pé na jaca e contaram os podres sem medo: END OF CENTURY, do Ramones, o melhor filme do tipo de todos os tempos, e SOME KIND OF MONSTER, do Metallica. No caso da Rita Lee, acredito que a birra dela com o seu passado ocorra porque sua história com o Arnaldo não está bem resolvida até hoje e, disso eu tenho certeza, se for incluído algo do Mutantes em qualquer trabalho sobre ela isso certamente irá se sobrepor a toda a sua carreira posterior, como se ela não tivesse feito nada de “espetacular” ou “digno de nota”, apesar de todo o sucesso de sua carreira solo, além da banda.
Não inventa. O filme do Led Zeppelin deixa claro pelo título que se limita ao início da banda. Não tem nada a ver com esse da Rita Lee. Opine, mas não invente.
Sim, se limita ao início da banda, com exceção dos podres que tiveram nele(rs)…Há um livro do Mick Wall sobre o Led Zeppelin, QUANDO OS GIGANTES CAMINHAVAM SOBRE A TERRA, que fala que a tal “química instantânea” entre os quatro integrantes da banda é balela e que Jimmy teve de ser dissuadido de não dar um pé nos fundilhos do Plant, entre outros fatos não muito agradáveis do início do grupo, então…Ou seja, em termos de varrer a sujeira para debaixo do tapete e não desejar contrariar e tirar a áurea de divindade do artista retratado, o documentário da Rita e do Led se merecem!
Não inventa. O filme da Rita esconde o recorte e o do Led, deixa isso claro.
Interessante que amanhã estreia outro documentário sobre a Rita Lee, chamado “Ritas”. Tomara que seja melhor que esse aí.
Foi dirigido por um amigo meu, Osvaldinho, não vi ainda.
Uma pena isso.
Podia ser sensacional.
Assisti “Nico 1988”, ficção baseada nos dois últimos anos de vida da Christa Päffgen. Mesmo não sendo um documentário, fica explícito que você vai ver uma obra que não vai se aprofundar nas gravações do “disco da banana” na relação dela com os membros do Velvet Underground. Ainda assim, mesmo sem mostrar imagens da banda, vemos trechos originais dela da época, de Andy Warhol e cenas que reproduzem entrevistas onde ela cita a banda, e o momento onde ela assina o acordo que lhe deu o direito de receber pela produção do disco de 1968. Ou seja, a diretora do filme não seguiu o ódio que a artista tinha daquele período da vida dela, mas mesmo não tendo obrigação de ser fiel aos fatos, não excluiu essa parte da vida dela, uma vez que não haveria a Nico que conhecemos sem o Velvet Underground.
O mesmo vale pra esse documentário da Rita Lee. Talvez tenha faltado coragem à produção que, ao perceber que as coisas iriam por esse caminho, propor à família engavetar o projeto por alguns anos e retomá-lo depois, quando a morte dela já tivesse sido absorvida e as desavenças que ela teve com os ex-companheiros de banda já não mais fizessem parte do cotidiano deles.
Gosto muito desse filme.
Outro filme ficcional recente que trouxe um recorte de uma determinada época, foi a cinebiografia do Bob Marley, a “One Love”, que retrata o atentado que Marley sofreu na Jamaica em 1976, sua mudança pra Londres e as gravações do disco Exodus.
E mesmo assim, em flashback, o filme traz histórias do passado do artista.
Não vi ainda. Vale? Falando nesse caso, vc já leu “Breve História de Sete Assassinatos”, do Marlon James? É bom DEMAIS.
Concordo em gênero, número e grau. Achei lamentável mas espero que um dia alguém faça um documentário, sem restrições, sobre os Mutantes.
Xará, concordo plenamente que essa exclusão é absurda, até pq a Rita não teria o alcance que teve em 73, se as pessoas não a conhecessem quando surgiu nos Mutantes. Mas tirando esse fato, vc gostou, odiou ou dá para o gasto esse filme rsrs. Abração
Xará, é inassistível. Uma babação de ovo sem um pingo de rigor jornalístico.