L7: justiça sendo feita!
Uma das bandas mais legais dos anos 90 está finalmente recebendo o respeito que merece, depois de um tempão um tanto esquecida: falo do L7.
Em 1991, quando estive nos Estados Unidos fazendo meu livro “Barulho”, vi o L7 pela primeira vez. As meninas tocaram no meio de um monte de bandas num evento beneficente. Não conhecia a banda e fiquei de queixo caído. Elas simplesmente passaram o carro em cima de todo mundo.
Corta para outubro de 2023: trouxemos a banda – Donita Sparks (guitarra e vocal), Jennifer Finch (baixo), D. Plakas (bateria) e Suzi Gardner (guitarra) – para um show em São Paulo, e foi, de novo, uma das melhores apresentações ao vivo que já assisti. Uma mistura furiosa de punk com rock de garagem setentista, tocada à velocidade da luz, mas com uma pegada pop que torna as canções inesquecíveis.
E não é que elas são uma grande banda FEMININA ao vivo. Elas são uma grande banda e ponto final.
Durante essa última passagem pelo Brasil, elas comentaram que estavam a fim de criar um festival de música que fugisse da mesmice desses megaeventos que pululam por aí. E cumpriram: em novembro acontece em Los Angeles a primeira edição do Fast and Frightening Takeover, um evento aberto a todas as idades – crianças são super bem vindas! – com shows de L7, Redd Kross, Olivia Jean, The Paranoyds e muita coisa legal.
Veja aqui a programação.
Isso só aumenta a admiração que tenho por elas e me fez pensar em como uma banda tão boa e importante ficou quase 15 anos parada, de 2001 até mais ou menos 2014, quando poderia estar tocando e gravando discos. Que bom que elas voltaram.
Para quem não conhece a história do L7, vale muito a pena ver o doc “Pretende We’re Dead”, feito em 2016 e disponível no Youtube com legendas em português. É um documento bem feito e cheio de imagens de shows e sessões de gravação. Apesar ter surgido na Califórnia e de não fazer parte da turma do grunge, o L7 foi meio que jogado naquele caldeirão e explodiu junto com Nirvana, Pearl Jam, Mudhoney e toda aquela turma. Eram muito amigas de Cobain e Dave Grohl e excursionaram muito com o Nirvana (inclusive no Brasil, em cenas filmadas no Hollywood Rock).
Veja aqui o filme.
E para terminar: L7 volta ao Brasil em março de 2025 para abrir a turnê do Garbage. Não perco de jeito nenhum.
Uma ótima semana a todas e todos.
15 comentários em "L7: justiça sendo feita!"
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André … excelente resenha do L7 .. infelizmente quando conheci tinha 12 anos e meu país não me levaram no Hollywood Rock, mas assusti o show delas no YouTube … maravilhoso… Estou ansioso Para 2025 …vou finalmente assistir L7..e claro novamente curtir garbage, Shirley e mestre Butch…pois 95 a Ruiva era minha paixão …
Valeu, Elvis!
André….será que você consegue alguma matéria, show (com boa qualidade) e etc da Banda “Curve” , não sei se você tem alguma matéria passada.
Agradeço se conhecer algum material e me indicar…
Nos vemos no L7 e Garbage…
Abs
Barcinski, até que ponto a falta de reconhecimento à banda – que de fato era muito melhor que muitas bandas da época – não foi também ocasionado pela falta de profissionalismo (no sentindo de pensar grande) delas. Eu digo isso porque conhecia pessoas que estavam na produção do Hollywood Rock e me garantiram que elas totalmente bagaceiras, chapadas e que detonavam geral.
Cara, nunca ouvi falar disso em relação ao L7. Muitas bandas dessa época eram muito mais “loucas” – Soundgarden, Alice in Chains – e foram sucesso muito maior. Bagaceiro ali, todo mundo era.
Boa, Barcinski.
Fui ao show delas em dezembro de 2018 no Tropical Butantã, foi um show maravilhoso, barulho do inicio ao fim.
Perdi esse, mas todo mundo diz que foi demais.
Fala Barcisnky, muito obrigado por postar sobre o show do L7 com o Garbage pois perdi ano passado! Assisti o grupo em 1993 e foi de longe o melhor show da noite pois infelizmente o Kurt já estava muito louco e brigou com a guitarra o show todo, abs.
Banda maravilhosa!
Fui em dois shows no RJ: Hollywood Rock e ano passado quando abriram pro Black Flag. Dois showzaços. São ainda melhores ao vivo.
Ano que vem tem mais!
Tava no show do Rio também, foi muito bom.
Bandaça! Tocam Rock N’ Roll do bom! Admiro o som e a integridade das gurias… Vou ver o documentário o quanto antes!
Tomara virem a Porto Alegre com o Garbage, se virerem, vou certo!
Acho que por enquanto só tem Rio, SP e Curitiba.
Fala Barcinski.
Eu não tinha idade para assistir, mas dizem que o L7 fez os melhores shows desse Hollywood Rock de 1993. E olha que a concorrência era de peso: tinha Nirvana, Red Hot Chilli Peppers e Alice in Chains (todos no auge).
Essa grande estréia formou uma base cativa de fãs no país (mais ou menos como aconteceu com o Faith no More).
Muito legal terem voltado – e parece ser para valer.
Eu morava nos EUA e não vim pro Hollywood Rock, mas todo mundo diz que elas fizeram o melhor show daquele festival. Acredito, a banda ao vivo é incrível.