mar/2022

“No Ritmo do Coração”: o Oscar abandonou o cinema

Por André Barcinski

“No Ritmo do Coração”: o Oscar abandonou o cinema

Por André Barcinski

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28 comentários em "“No Ritmo do Coração”: o Oscar abandonou o cinema"

  • Aconteceu uma cena antológica aqui em casa. Eu assisti “No ritmo do coração” – via “cine torrent”. Achei realmente um lixo. O pior é que logo depois eu cumpri meu ritual de colocar via streaming mais um capítulo de “A usurpadora” pra minha mãe (87 anos) ver. Eu resolvi dar uma olhada e só conseguia pensar: “Porra, ‘A Usurpadora” é muito melhor!”

  • O Dalenogare deu um olhar interessante sobre como a Apple fez a campanha para esse filme ganhar. o prêmio, primeiro fazendo uma campanha apenas para ser indicado, por que era um filme “fofinho” inofensivo. Depois da indicação, fizeram outra campanha para ganhar o prêmio e deu certo.

    O Oscar, hoje, é isso: política entre umas panelinhas. Inclusive, se não fosse o lance do tapa, essa edição do Oscar seria irrelevante e esquecida na manhã seguinte.

  • E a gente achando que o rapa que o “Parasita” fez seria talvez uma mudanca.
    Nao vi Coda. Ainda nao posso opinar.
    Mas gostei demais mesmo do curta de animacao que venceu esse ano, “The Windshield Wiper”, tem no youtube pra ver. Achei sensacional!

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    Rogersousa@gmail.com

    Concordo com o texto. E fora as injustiças, foi uma cerimônia enfadonha, chata demais (seguindo o padrão da última década, pelo menos).

    E sobre CODA, vejo o seguinte diálogo ocorrendo no futuro:
    ‘Lembra daquele Oscar em que o Will Smith deu um tapa na cara do Chris Rock?’
    ‘Putz, lembro!’
    ‘Quem ganhou melhor filme naquele ano mesmo?’
    ‘Putz, não lembro! Acho que foi ‘Parasita’.’

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    Renato Lima Duarte

    Barcinski,
    Eu não vi o filme e não posso opinar sobre a qualidade dele mas em 1986 a Marlee Matlin ganhou o oscar de melhor atriz. Ela era uma atriz surda ou com deficiência auditiva e ganhou a estatueta fazendo o papel dela mesma praticamente utilizando a linguagem dos sinais. A Academia foi muito criticada na época por essa premiação. Foi um caso parecido? O filme era Filhos do Silêncio. Eu sei que são casos diferentes. Um é prêmio de melhor atriz o outro de melhor filme. O Rubens Ewald criticou esse Oscar no momento da premiação.

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    Joao Gilberto Monteiro

    André, não vi ainda o “No ritmo do coração”, então não sei dizer se ele é ruim ou não.
    Mas, nos últimos anos, o Oscar é mais lembrado pelas gafes (Will Smith x Chris Rock, Warren Beatty errando o vencedor de Melhor Filme, a selfie que era uma ação de marketing da Samsung) e pela audiência decadente ano a ano do que pelo mérito cinematográfico dos vencedores!!!!
    Mas, pelo que vc escreveu (e eu acredito), bombas oscarizadas como Entre dois amores, Dança com lobos, Gente como a gente, Shakespeare apaixonado e O paciente inglês, entre muitos outros, são como o Cidadão Kane perto do vencedor deste ano….

  • Oi André! Concordo com sua opinião sobre CODA. Essa postura da Academia, porém, não é novidade. Já aconteceu muita vezes. Desde Shakespeare Apaixonado vencendo Soldado Ryan e The Thin Red Line em 99, passando por Conduzindo Miss Daisy levando no lugar de Nascido em 4 de Julho ou Sociedade dos Poetas Mortos em 90 ou O Maior Espetáculo da Terra batendo Matar ou Morrer em 53.

    Oq mudou agora é o formato de votação, em que os votantes votam por ranking, em uma ordem de preferência. Ou seja, quanto mais inofensivo o filme, menos chances de estar no fim da lista de muita gente e mais favorito pro prêmio. Esse ano, Power of the Dog (que pra mim é o melhor filme do ano passado) enfrentou rejeição por ser Netflix, por exemplo. E pode ser que os comentários homofóbicos e cretinos do Sam Elliott tinham encontrado eco na galera que vota tb…

    Enfim… No geral, a premiação foi bem bosta esse ano mesmo.

    Grande abraço!

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    Anderson Chalegre

    Esse seu último parágrafo é muito sintético da situação. Na minha opinião esse foi o segundo pior filme da história do Oscar a levar o principal prêmio (acho a “Forma da Água” ainda pior). O filme é tão sonso que assim que acabou eu fiz uma sessão dupla com “Double Indeminity” do Billy Wilder (Petra Belas Artes) e “The Wild Bunch” do Peckinpah (HBO Max) para desopilar o fígado. Lembrei de um artigo antigo seu sobre artistas que bandas indie-fofas deveriam encontrar num beco escuro e fiquei sonhando com aquela menina meiga e sonhadora do “CODA” cruzando com a femme fatale manipuladora da Barbara Stanwyck num beco escuro. Deu dó.

  • A premiação do Oscar somente se afundou um pouco mais na lama.
    A minha primeira grande decepção foi o prêmio de melhor filme a “Braveheart” de Mel Gibson em 1995 e dois anos depois “Titanic” de James Cameron. FIlmes horrorosos, com textos que deveriam envergonhar os atores. Poderiam no maximo, concorrer no quesito “efeitos especiais” ou “guarda-roupa”.

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