Por que não ligo mais pro Lollapalooza
Por André Barcinski
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30 comentários em "Por que não ligo mais pro Lollapalooza"
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Eu morava em Atlanta em 2004, e fiquei super empolgado com o Line up, SY, NIN, Janes, etc…corri pra comprar o ingresso e tals e….foi cancelado. Os ingressos encalharam, o que mostrava já o quase enterro da marca. O melhor dia seria no dia do meu aniversário. Fiquei decepcionado, mas pra compensar rolou nesse mesmo dia um show do SY, em lugar fechado, da turnê do Nurse. Saí ganhando, pois fiquei literalmente no pé do Lee e da Kim. Logo depois, começaram as franquias mundiais, incluindo SP.
Eu não consigo nem acompanhar mais pela TV. Um dos poucos momentos que vi e estava gostando foi o DJ Marky mas infelizmente a transmissão da apresentação dele foi interrompida pra mostrar a de uma cantora TikToker. A principal caracteristica dela, segundo a “primorosa” cobertura era “gostar de cachorros”. Que fofo!!!
Também tava vendo o Marky, impressionante como a plateia ficou fria com ele.
Estou torcendo para você ir no Rock in Rio (desculpa!!!) só para ler o seu texto sobre a experiência
Só vou se for a trabalho, o que não parece provável. Ufa!
Tá difícil mesmo ir. Fui em todos no Brasil (10), e o gráfico de qualidade é downhill total…. No 2 por exemplo teve flaming lips, qotsa, nas, Franz Ferdinand, hot chip, crystal castles… um monte de bandas de qualidade que estavam no auge sensuais carreiras. Não é questão de ser um festival pra adolescentes ou famílias, e sim um festival para quem gostava desse nicho de música seja adolescente ou idoso. Imagino o time responsável por escalar as atrações cruzando dados do seu público demográfico com métricas (plays) do Spotify sem qualquer critério de qualidade ou visão do todo. E Hoje além de ser mainstream no pior sentido da palavra, elitista, caro e tudo mais, é ridículo como alguns artistas querem trazer um verniz de “subversão” gritando “ei bolsonaro VTNC”
A escalação é feita baseada em quem é contratado da Live Nation, dona do Lollapalooza.
Os Rock In Rio de 85 , 91 e 2001 ainda tiveram relevância. Os de 2011 em diante adotaram a fórmula descrita por você. Só uma observação em relação ao Metallica. Era uma banda underground até o disco And Justice for All…Depois teve um crescimento exponencial. Devido ao Black Album ganhou muitos fãs. Realmente em 96 já não era uma banda alternativa ou underground. Eu tenho uns amigos que tem um gosto musical mais popular. Pagode, funk, sertanejo e etc. Entre os CDs desses estilos tem um do Metallica.
Foi uma polêmica na época, acredite.
A única possibilidade de eu sair de casa pra ver um show hoje em dia é se o Slowdive der as caras por aqui, do contrário sem chance de ver festival e outra André, repare nas matérias dos grandes portais, falam de tudo, moda, curiosidades das atrações, cor da cueca do namorado da nova estrela, menos de música, dos álbuns e da carreira. Triste.
Verdade, cobertura musical sempre em último plano.
O que eu acho estranho é que com esse tanto de patrocínio o ingresso deveria ser mais barato não? A pessoa paga caro no ingresso e ainda precisa ver um monte de propaganda.
Adoraria ir no Levitation (e bater um papo contigo lá, bebendo uma cerveja)… você sempre elogia esse festival.
Não fui nas últimas edições, quando deixou de ser outdoor. Mas o line-up é sempre brutal.
Oi André. Fora o Levitation, que outros festivais você acha que ainda não caíram nesse esquema parque de diversões?
Nunca fui, mas ouço falar bem do Desert Daze, Nox Orae, Valada (Portugal), e na Bélgica, se não me engano, tem um chamado “África Fest”, só de música africana.
Moro perto do autódromo e pude ver que os palcos estão quase se perdendo e ficando em segundo plano dentro do emaranhado de atrações, como roda gigante, tirolesa, lojas, restaurante e afins, triste.
Roda gigante é brincadeira.
O Flannel Nation Festival será “temático dos anos 90” com o lineup Everclear, Soul Azylum, Candlebox, Filter, Fastball e Sponge. Será um caminho?
André, um OT: Sei que vc curte o tênis e as histórias de tenistas, e o que vc achou da aposentadoria precoce da Ashleigh Barty, no auge da carreira, como a número 1 do mundo?
25 anos!
André, o Austin City Limits não era um festival que você sempre recomendava? Ou estou confundindo?
É o que você acha do Primavera Sound que terá um edição em São Paulo esse ano?
Não, era o Austin Psych Fest, que depois virou o Levitation.
André, a cada Lollapallooza ou Rock in Rio que acontece, eu tenho a impressão de estar ficando cada vez mais velho, pois não conheço quase nenhuma banda ( do Lolla 2022, eu só conheço mesmo a obra dos Strokes, o Foo Fighters, a Miley Cyrus e o Emicida, e conheço a figura pública de Pabllo Vittar e do pai do filho da Rihanna), de resto nunca vi nem ouvi falar, e tô bem por fora até para ver na TV, prefiro ver as semifinais do Campeonato Paulista…
E aí Xará, beleza?
Penso que é reflexo também da atual geração de adolescentes e jovens que não conseguem ouvir músicas inteiras e, muito menos, sabem o que é um disco. Festivais de hoje são para selfies e postagens nas redes sociais. A maioria sequer conhece 2, 3 músicas dos artistas que se apresentam.
Abração
André
Com o preço que pagaria pra ver o Lolla, certamente podia ir a uma dezena ou duas de shows de bandas independentes, muitas delas que tem mais relevância artística do que aquelas que costumam ser escaladas para este e outros festivais afins.
Só uma pequena correção: é mais que um salário mínimo. O ingresso cheio para um único dia sai por R$ 1.440,00. Totalmente inviável.
Inacreditável.
Um dos meus sonhos de adolescente, lá na primeira metade dos 90, era ir a um Lollapalooza. Infelizmente, quando eu finalmente tive a oportunidade (quando chegou ao Brasil, em 2012), ele já mal lembrava o festival original. Nunca fui nem tenho o menor interesse. Não piso num festival desses grandes nem de graça e levo pra vida uma frase sua que diz que festival não é pra quem gosta de música, é pra quem gosta de festival. É exatamente isso.
Pois é, a experiência toda ficou muito chata e cara, também não piso mais.