Três planos-sequência geniais – e um nem tanto
Por André Barcinski
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36 comentários em "Três planos-sequência geniais – e um nem tanto"
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Todos sensacionais, mas essa cena de A Marca da Maldade mostra porque Welles é o mais influente dos diretores. Além disso o filme é um dos melhores policiais de todos os tempos, ao lado de Céu e Inferno. do Kurosawa e Perseguidor Implacável, do Don Siegel, dentre outros..
Trio parada dura mesmo…
Fui rever os tais “socos” que citou no plano-sequência de True Detective e vi coronhadas, o primeiro recebeu na costela e se rendeu pra não levar tiro e o segundo recebeu a coronhada com a força de todo o impulso do corpo do policial . Ou seja, não foram meros socos, Barcinski. De resto, parabéns pelo trabalho. E reassista sem má vontade (só assisti True Detective por sua causa – como outras obras também – e não me lembro de tu ter reclamado da cena na época, tás ficando rabugento kkkk).
Cara, a cena é grotesca. Trapalhões perde.
Theo Angelopoulos tem os planos sequencia como marca de seu trabalho . Revi há pouco “O passo suspenso da cegonha” e o plano em que o protagonista aguarda a chegada de um trem enquanto observa uma vítima, suspensa por um guindaste, da violencia entre refugiados, e um grupo de mulheres que chora sua morte, é sensacional.
O “Children of Men” você pode até esquecer que é um sic-fi. É quase um filme contemporâneo, já.
Vale muito a pena tentar!
Darei uma chance!
O uso de drones em filmagens “facilitou” muito a brincadeira. E se juntar com CGI então, não há limites.
Pessoal abusa mesmo, mas o “1917” eu achei legal pra cacete.
Verdade, é tudo na mesma casa e um tanto teatral (que coreografia!), mas também com muito cuidado do Hitchcock quanto à parte cinematográfica da coisa: os movimentos de câmera fluidos e o timing para esconder os cortes. Filmão!
Não conheço a história de sucesso do Bad Out of Hell, o que eu sei é que é um álbum que até hj é dos mais vendidos da História e que, como eu já disse, já ouvi e achei um porre, qualquer dia, se quiser, escreva sobre o álbum….
E que a Elza Soares, uma enorme artista, descanse em paz pq ela merece!!!
Lembro também do plano sequência que abre o filme Boogie Nights do Paul Thomas Anderson, meu filme preferido do diretor
Maravilhoso.
Quando se vê a molecada falando muito de detalhes técnicos e pouco da trama de um filme, já sabe… às vezes parece que todos estão lendo um press release da Netflix.
Soy Cuba ainda não vi, mas os outros dois citados são sensacionais mesmo (Carlito’s Way merece mais reconhecimento).
Um diretor que acho que trabalha muito bem os planos sequência (tanto reais quanto digitais) é o Alfonso Cuarón: ‘Y tu mama también’, ‘Filhos da Esperança’, ‘Gravidade’, ‘Roma’… acho todos muito legais!
E não dá pra esquecer do ‘Festim Diabólico’ do Hitchock tb….
Amo “Rope”, mas é um tanto teatral, com toda a história passada num só ambiente, não?
André,
e o Lubezki? Se encaixa pra você nesses planos “forçados”, uma coisa apenas maneirista?
Eu acho a sequência final de “Filhos da Esperança” antológica. Na verdade, eu acho esse filme todo maravilhoso.
Abraço!
Cara, abominei “Birdman”, e o “Children of Men” não vi, tenho um problema seríssimo com ficção-científica, meu cérebro trava.
Uma das melhores séries policiais que assisti essa primeira temporada de True Detective, mas concordo com você Barça, quando vi essa cena a primeira vez achei estranho, como algo que me incomodava, e depois vendo os comentários dos analistas de youtube como falou, pensei comigo “nossa não entendo nada, porque não achei nada demais”.. A briga realmente é digno de sketch dos trapalhões. hehheheh. abraço,
ótimo post, como de costume. Seu comentário sobre analistas de youtube me fez lembrar de um canal já extinto que gosto muito, every frame a painting (não sei se conhece ou entra na sua categoria de analistas rasos ;). Mas esse vídeo em particular ele fala dos planos-sequências de média duração do Spielberg, entre 45 segundos a pouco menos de 2 minutos. Ele ressalta como esses planos “médios” não são tão destacados, mas podem ser muito bons para contar bem a história.
Cara, obrigado pela dica, não lembro de ter acessado.
O filme 1917 utiliza algumas vezes o recurso de fechar a imagem em um plano totalmente escuro e retornar em outro ponto. Dá a impressão que o cinegrafista precisa dar uma descansada…
Chama-se “esconder o corte”.
Muito legal
A cena de Carlito’s Way é genial. Outro dia zapeando a tv estava passando o filme e quase na cena. Pus para gravar e ver novamente. E fico pensando na cena de A marca da maldade feita com os equipamentos da época. Genial.
Amo muito o plano-sequência do final de Profissão: Repórter do Antonioni com o Jack Nicholson, quando a câmera estática começa no quarto (com o personagem ainda vivo), atravessa a grade da janela, dá todo um rolê na praça e depois volta pro quarto filmando de fora (com o personagem já falecido). É incrível!
Outro plano-sequência que gosto muito é o de À Meia-Noite Levarei sua Alma. São mais ou menos 5 minutos dos mais marcantes e assombrosos da história do cinema brasileiro.
Duas lembranças ótimas. O PS do Mojica vale lembrar que ele estava dirigindo o câmera enquanto atuava. Quando a câmera saía dele, o Mojica continuava a orientá-lo.
André, um OT: Dias de luto pesado na música, Elza Soares e Meat Loaf, artistas tão diferentes e bem-sucedidos em suas áreas de atuação (se bem que eu particularmente acho o Bat out of hell chatíssimo), e vc, o que achava deles?
Gostava demais da Elza e nem tanto do trabalho do Meat Loaf, embora a história do sucesso de “Bat Out of Hell” seja sensacional.
A cena de True Detective parece retirada de um game: ritmo, atuação, construção. Num game, uma cena como essa dá realismo a toda artificialidade que existe no ato de jogar. Mas num filme, ela oferece o oposto: é artificial, dura.
Concordo, parece game mesmo.
Concordo, o plano sequencia acabou virando uma forma de exibicionismo, para o cineasta mostrar que sabe filmar e tem repertório (Iñarritu que o diga). Acho genial o plano sequencia do Segredo de Seus Olhos, e o filme Bingo tem alguns bem interessantes.
a abertura de “o jogador”, do altman, é o primeiro que me vem à cabeça quando penso em plano-sequência. vi há séculos, lembro que fiquei impressionada.
Muito bem lembrado. Altman usava muito bem o recurso. Mas ele inovou mesmo na mixagem de som, não?
Tem um plano sequencia interessante (sem pretensão minha de avaliar a qualidade) em O segredo dos seus olhos. Parece ter hipérboles técnicas e dramáticas, mas até aí, é coerente com o resto do filme. Acho que vale conferir
Verdade, mas boa parte feito em computador, não?
o ultimo dos morriquenhos , Carlito Brigante
Carlito eterno.